Execução de rival em heliporto: relembre o crime que levou Rogério Andrade à cadeia
Ele havia saído do helicóptero e estava andando pelo estacionamento em direção ao veículo, quando foi surpreendido por um homem encapuzado que portava um fuzil e sofreu múltiplos disparos.
Fernando Iggnácio, cunhado do criminoso Castor de Andrade, foi assassinado em um heliponto na Zona Oeste do Rio de Janeiro — Imagem: Luciano Belford/Agência O Dia/Estadão Conteúdo.
Rogério, sobrinho de Castor de Andrade, foi o principal auxiliar do contraventor até 1997, ano em que Castor faleceu. Durante algum tempo, ele dividiu o patrimônio do tio com Paulo Roberto de Andrade, filho de Castor, e Fernando Iggnácio, genro do falecido.
Descubra quem foi Fernando Iggnácio, o cunhado de Castor de Andrade que foi morto no Rio de Janeiro.
Fernando Iggnácio — Imagem: Reprodução
O veículo de Fernando Iggnácio apresentou vestígios de balas — Imagem: Nicolás Satriano/G1
O corpo de Fernando Ignácio foi encontrado caído ao lado do veículo — Imagem: G1 Rio
Agentes da polícia dialogam no heliporto da Zona Oeste, local onde Fernando Inácio foi assassinado — Imagem: Leslie Leitão/G1
Heliporto onde Fernando Inácio perdeu a vida — Imagem: Leslie Leitão/TV Globo
Fernando Iggnácio Miranda competia desde 1997 por pontos em jogos de bicho e em máquinas de caça-níqueis na Zona Oeste do Rio, enfrentando Rogério Andrade, que é sobrinho de Castor.
A rivalidade entre os dois teve início após o homicídio de Paulo Andrade, conhecido como Paulinho, em 1998. Ele era filho de Castor e havia sido designado como seu sucessor.
Meses depois, as autoridades conseguiram identificar o ex-policial militar Jadir Simeone Duarte como o responsável pelos tiros. Durante seu depoimento, Duarte responsabilizou Rogério por ser o ordenante da ação criminosa.
Com o falecimento de Paulo, seu cunhado, Fernando Iggnácio, passou a disputar sua posição. Segundo apurações policiais, a partir da metade dos anos 1990, Fernando Iggnácio estaria à frente da Adult Fifty, uma empresa que operava máquinas caça-níqueis em toda a Zona Oeste. No ano de 1998, Rogério de Andrade teria estabelecido a Oeste Rio.
Pesquisas realizadas pela Polícia Federal revelam que o confronto entre os dois, ocorrido entre 1999 e 2007, culminou em 50 óbitos.
No mesmo ano, a polícia iniciou uma ação para confiscar caça-níqueis no estado. Os rivais entraram em conflito e começaram a atacar as máquinas uns das outros. Esses conflitos evoluíram para homicídios.
Rogério sofreu uma tentativa de homicídio em 2001, mas a arma do agressor apresentou falha.
Em abril de 2010, ocorreu mais um ataque. O filho de Rogério de Andrade, um garoto de 17 anos, perdeu a vida em um atentado na Barra. Diferente do pai, era ele quem estava ao volante no momento em que uma bomba detonou.
Em 2007, Rogério Andrade foi detido pela Polícia Federal. Alguns meses depois, Fernando Iggnácio foi capturado pela Polícia Civil.
No mesmo ano, Rogério Andrade e Fernando Iggnácio foram investigados na operação Gladiador, conduzida pela Polícia Federal, a qual apurou o esquema da dupla e a corrupção entre os policiais no Rio de Janeiro.
8 de abril de 2010 - Restos de veículos ocupam a Avenida das Américas — Imagem: Mauro Santos Ilva Araujo/VC no G1
Veículo dos bombeiros chega ao local onde Fernando Inácio foi morto — Foto: Nicolás Satriano/G1