Extrato de romã mostra potencial para prolongar a vida de prateleira de pães de forma
Na discussão desta quinta-feira (26) do programa Os Novos Cientistas, a tecnóloga em alimentos Nara Hellem Brazão da Costa relata seus experimentos com extrato de romã na elaboração de pães de forma, com o objetivo de prolongar a durabilidade do produto. Os achados dessa pesquisa fazem parte de seu trabalho de mestrado, defendido na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga, sob orientação da professora Fernanda Maria Vanin.
De acordo com a pesquisadora, a indústria alimentícia está atualmente seguindo uma tendência de substituir aditivos e conservantes sintéticos por agentes antimicrobianos e antifúngicos de origem natural. “Um exemplo disso são os resíduos gerados no processamento do fruto da romã, que contêm uma alta concentração de compostos bioativos, especialmente fenólicos e flavonoides”, esclareceu a pesquisadora ao jornalista Antonio Carlos Quinto.
Entretanto, conforme mencionado por Nara, ainda são necessários estudos complementares e testes para validar essa possibilidade, a fim de que, no futuro, o pão de forma com extrato de romã esteja disponível nas prateleiras dos supermercados. “O extrato de romã é rico em antioxidantes e flavonoides, que podem contribuir para retardar o processo oxidativo e a deterioração do pão de forma”, explicou a pesquisadora. Os pães de forma vendidos nos supermercados geralmente têm uma vida útil média de 5 a 7 dias. “Nossa pesquisa demonstrou que o pão de forma enriquecido com extrato de romã teve sua durabilidade estendida em até 15 dias”, declarou. “Creio que ainda teremos alguns bons anos de pesquisa pela frente para desenvolver uma formulação que aborde todos os aspectos de aceitação e prolongue a vida útil do produto”.
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