Roma comemora 150 anos do Impressionismo com exposição
Organizada em três partes, a exposição abrange um período que vai desde o começo do século XIX, destacando trabalhos de Ingres, Corot, Delacroix e Doré, provenientes de coleções privadas da França e Itália; em seguida, passa pelos sucessores de Toulouse-Lautrec, Permeke, Derain, Dufy e Vlamininck; e culmina em 1968 com uma gravura feita por Pablo Picasso em homenagem a Degas e Desboutin.
Junto às criações de grandes figuras como Pissarro, Degas, Cézanne, Sisley, Monet, Morisot e Renoir, também é possível encontrar pinturas de artistas menos famosos, como Bracquemond, Forain, Lepic, Millet e Firmin-Girad.
Dentre as áreas mais significativas destacam-se o design, as gravuras e as técnicas de reprodução, que foram influenciadas pela chegada da fotografia.
Gilles Chazal, membro do comitê organizador, mencionou que os artistas impressionistas deixaram de lado a pintura acadêmica que retrata grandes eventos históricos e passaram a retratar a si mesmos ou cena da vida cotidiana. Eles adotaram uma abordagem menos formal em relação à pintura.
A igual perspectiva reflete-se na compilação de obras literárias, correspondências e artigos pessoais em exibição, como a tetera pertencente a Monet.
De acordo com o crítico de arte Vittorio Sgarbi, que está à frente da exposição, o impressionismo não é uma corrente artística, mas uma expressão natural do ser humano que surge quando a arte de retratar a realidade é superada pela invenção da fotografia. Essa forma de arte é capaz de representar os estados de espírito e emoções, transmitindo em sua essência as sensações que a realidade nos provoca internamente. Por isso, o impressionismo jamais deixará de existir.