Extrema-direita na França pede 'maioria absoluta' para governar

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Franca

Na terça-feira (18), Jordan Bardella, líder da ala direitista extrema, recomenda aos cidadãos franceses uma "maioria clara" nas eleições parlamentares agendadas para 30 de junho a 7 de julho, onde seu grupo político, o Reagrupamento Nacional (RN), lidera as pesquisas.

Bardella afirmou, em uma entrevista para CNews e Europe 1, que se os franceses optarem pela maioria relativa no país e elegerem um primeiro-ministro sem maioria absoluta, será impossível promover mudanças significativas.

O aspirante ao cargo de primeiro-ministro, com 28 anos de idade, já foi eleito para o Parlamento Europeu, em 9 de junho, alcançando 31,37% dos votos na França.

O líder francês Emmanuel Macron tomou a iniciativa de antecipar as eleições legislativas que estavam previstas para acontecer em 2027.

Apesar de o líder máximo afirmar que quer impedir a ascensão da extrema-direita na presidência francesa em 2027, especialistas enxergam a convocação de eleições antecipadas como uma "jogada perigosa".

De acordo com uma pesquisa do Ifop divulgada na segunda-feira, nas eleições legislativas antecipadas, o RN lidera com 33% das intenções de voto, seguido pela Nova Frente Popular, uma coalizão de esquerda com 28%, e pela aliança centrista liderada por Macron, que obteve 18%.

Estudos indicam uma situação instável que possivelmente resultaria na necessidade do presidente moderado, que encerra seu mandado em 2027, dividir o poder com um governo de oposição em um sistema de coabitação.

Bardella assegurou que não deseja ser um "aliado do presidente", por isso solicitou a maioria absoluta na Assembleia Nacional (câmara baixa) para poder "alterar a política" na França.

Caso ganhe a eleição, Bardella afirmou que sua "primeira ação" seria diminuir o IVA dos combustíveis e energia. Seu partido, liderado por Marine Le Pen, tem como foco aprimorar o poder aquisitivo da população, além de concentrar esforços na segurança pública e no controle da imigração.

Gabriel Attal, o atual primeiro-ministro que comanda um governo de centro-direita em minoria desde janeiro, afirmou que seu adversário de extrema-direita está acrescentando cada vez mais "requisitos" para impedir sua ascensão ao poder após as eleições.

Ainda não há um líder escolhido pela Nova Frente Popular da esquerda, pois procuram manter a harmonia entre a vertente social-democrata e a mais inconformista.

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