IRB (IRBR3) tem mais um lucro em agosto e afasta preocupações sobre necessidade de capital
Na noite de segunda-feira (23), a IRB Brasil (IRBR3) divulgou seus dados mensais, mostrando que seu lucro líquido em agosto foi de R$ 17,6 milhões. Esses números estão bem diferentes do ano passado, quando a companhia teve um prejuízo de R$ 164,7 milhões no mesmo mês.
Os papéis estão apresentando uma leve elevação nesta terça-feira (24), com acréscimo de apenas 0,07%, chegando a R$ 40,75.
De acordo com as informações preliminares fornecidas pelo IRB à Superintendência de Seguros Privados (Susep), a companhia de resseguros registrou uma diminuição de 42,9% nos prêmios emitidos em agosto, totalizando R$ 299,6 milhões. Já o índice de sinistralidade do mês ficou em 83,6%, apresentando uma queda significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi de 145%.
No mês anterior, a organização anunciara um lucro líquido de R$ 22,3 mi.
Considerando a soma dos dados de julho e agosto, que totalizam R$ 39,9 milhões, e extrapolando esses valores para setembro, estima-se que o terceiro trimestre alcance um total de R$ 60 milhões. Esse valor fica abaixo da previsão do JPMorgan, que era de R$ 100 milhões, mas quase coincide com o consenso de R$ 66 milhões.
No mês de agosto, o índice de sinistralidade aumentou consideravelmente, chegando a 84%. Esse número é bem superior ao registrado em julho, quando ficou em 59% (sem contar as operações de Transferência de Carteira de Perdas), e também à média do primeiro semestre de 2023, que foi de 75%. Analisando a distribuição das perdas por segmento, é possível perceber que as perdas internacionais estão causando grande impacto, levando a um resultado negativo de 116% no trimestre, enquanto o consolidado ficou em 68%. É importante ressaltar que a forma de contabilização dos dados pode ser diferente em cada caso.
Devido a um aumento nos sinistros ocorridos no mês, o índice combinado subiu para cerca de 115% em agosto, enquanto em julho tinha sido de 95% (sem contar com o LPT) e no primeiro semestre de 2013 havia sido de 110%. Quanto à receita, houve um crescimento mais significativo do mercado interno do que o esperado. Por outro lado, o mercado internacional foi mais fraco, representando agora apenas 15% dos prêmios no trimestre, em comparação com cerca de 30% no segundo trimestre de 2013.
Finalmente, o nível de liquidez regulamentar alcançou 141%.
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O JPMorgan avalia que, de forma geral, apesar de um mês misto, as perspectivas para o trimestre inteiro são boas e os rendimentos devem superar as previsões em consenso, atingindo a marca de R$ 66 milhões.
Já o Citi ressalta que os resultados somados de julho e agosto aumentam consideravelmente a perspectiva de lucro acumulado no terceiro trimestre de 2023 para R$ 40 milhões, somente nos dois primeiros meses. Isso se compara com sua projeção de ganho líquido de R$ 27 milhões para o trimestre como um todo.
A taxa de ocorrências em agosto foi de 83%, superior à média registrada até o momento em 2023, porém ainda assim suficiente para deixar uma impressão favorável sobre o mês. Essa é a informação de destaque.
Em linhas gerais, o banco enxerga dois aspectos favoráveis nos dados: à medida que o IRB apresenta balanços mensais positivos em sequência, as preocupações referentes à suficiência de capital se dissipam. Além disso, a evolução desses números deixa os especialistas do Citi mais seguros em relação à comunicação promissora e às perspectivas da gestão para o final de 2023 e 2024, o que pode, por sua vez, aumentar a expectativa dos investidores em relação ao negócio.
No entanto, os especialistas continuam aconselhando com prudência. O JPMorgan recomenda a subexposição (inferior ao mercado, o mesmo que venda) aos ativos, enquanto o Citi aconselha neutralidade, com um preço-alvo de R$ 40, valor que é cerca de 2% menor do que o fechamento do dia anterior.
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Até o momento desta segunda-feira, as ações obtiveram um avanço de quase 58% desde o começo do ano, devido ao destaque dado à reorganização da empresa.
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