Pedro Venceslau: Defesa de Bolsonaro pode dizer que havia “zona cinzenta“ em relação a presentes | CNN Brasil

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Na quinta-feira (4), o comentarista da CNN Pedro Venceslau analisou no programa CNN Arena (18h, de segunda a sexta) o processo de acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 indivíduos no episódio envolvendo as joias provenientes da Arábia Saudita.

De acordo com Venceslau, a argumentação da defesa de Bolsonaro pode mencionar a existência de uma área de incerteza em relação aos presentes recebidos por líderes de Estado. Isso teria possibilitado que o ex-presidente aceitasse as joias e as levasse para sua residência. Os objetos foram devolvidos posteriormente, após questionamento do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Venceslau, a estratégia da defesa poderia ser tentar equiparar Bolsonaro ao presidente Lula, alegando que ele também ganhou presentes caros durante seus mandatos anteriores.

"Vão enfatizar que o presidente Lula foi presenteado durante seus dois primeiros mandatos, inclusive com itens caros, e vão tentar estabelecer um paralelo entre a situação de Lula e a de Bolsonaro", afirmou o analista, destacando uma das estratégias que a defesa pode adotar.

Essa tática pretenderia transferir toda a culpa para uma alegada perseguição política por parte do governo federal, por meio da Polícia Federal. Contudo, Venceslau esclarece que esse enredo não aborda claramente as questões levantadas pela investigação.

Venceslau considera que o escândalo das joias prejudica mais politicamente Bolsonaro do que o escândalo das vacinas durante a pandemia, pois neste último houve uma identificação com seus eleitores. "Com o indiciamento por causa das joias, o prejuízo político é muito mais significativo", diz.

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