Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria passa de 5 mil

7 Fev 2023

Mais de 30 horas após o tremor, que durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria, milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas.

O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na manhã desta terça-feira, o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse que o número de mortos em seu país por conta do tremor aumentou para 3.419. Na Síria, o balanço de mortos é de 1.612.

O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros, e, portanto ele foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países. O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície - esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada. O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países. Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas. Horas depois do tremor principal, outro de magnitude de 7,5 atingiu a mesma região. Outras cerca de 50 réplicas também foram registradas.Segundo o último balanço do governo turco, 3,419 pessoas morreram na Turquia. Na Síria, foram 1.612 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU. Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas. Segundo o governo turco, mais de 45 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e Israel (leia mais abaixo).

4 pontos sobre o terremoto na Turquia: onde aconteceu e quais as causas e consequências

4 pontos sobre o terremoto na Turquia: onde aconteceu e quais as causas e consequências

Frio

Resgate de vítimas do terremoto em Iskenderun, na Turquia, na noite desta segunda-feira (6). — Foto: Umit Bektas/Reuters

O inverno no Hemisfério Norte - que provoca temperaturas negativas na região - deve ser um dos grandes desafios nas buscas dos próximos dias.

O vice-presidente turco disse também nesta terça-feira que as condições climáticas severas dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas. Ele disse que apenas veículos de resgate e ajuda estão autorizados a entrar ou sair de Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman, três das províncias mais afetadas.

As operações de resgate estão se concentrando nessas três províncias e em Malatya, acrescentou Oktay.

'Áreas silenciosas' preocupam OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta terça-feira que está especialmente preocupado com áreas da Turquia e da Síria de onde nenhuma informação havia surgido após o terremoto.

"Estamos especialmente preocupados com as áreas em que ainda não temos informações. O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção", disse Adhanom.

Mais de 45 países, além de organismos internacionais como a própria OMS, enviaram ajuda humanitária ou equipes de resgate para ajudar na busca por sobreviventes na Turquia e na Síria.

Brasileiros na Síria: 'tremor só aumentava'

Brasileiros na Síria relatam como foi a madrugada em Alepo

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Os terremotos que atingiram a Síria e a Turquia nesta segunda-feira (6) deixaram brasileiros desabrigados em território turco, de acordo com o conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia Marcelo Viegas. Não há informações sobre brasileiros mortos ou feridos pelos tremores.

Os brasileiros Lucas Saad e Gabriela Waked estavam em Alepo, na Síria, durante o terremoto. Os dois são produtores de conteúdo e estão fazendo uma viagem longa —Gabriela está viajando há dez meses, Lucas está dando uma volta ao mundo.

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