Matuê, Teto e Wiu lançam ‘Flow Espacial’ e planejam próximas parcerias

Quase um ano após Vampiro, música destaque no Spotify Brasil em 2022, Matuê, Teto e Wiu estão juntos em mais uma novidade: Flow Espacial. A música, lançada na última segunda-feira, 30, acompanha um videoclipe com mais de dois milhões de visualizações em menos de 24 horas.

Com composição dos três artistas da produtora 30PraUm e produção do músico alemão OuhBoy, Flow Espacial reúne assuntos distintos, como Alicia Keys, carros de luxo e espaço sideral. O clipe mantêm a ideia da letra, com imagens de uma viagem psicodélica em uma estética retrô e cenas em referência ao clipe de What’s My Age Again?, da banda americana Blink-182.

“É uma música muito pra cima, que tem muita energia. A gente também quis passar um pouco de comédia e diversão na parada. Quisemos fazer um clipe com bastante movimento e muita vibe. Foi uma ideia que surgiu rápido, em uma reunião criativa na 30PraUm. (...) A ideia inicial do clipe foi baseada em cultura popular, clipes populares da década de 1990 e dos anos 2000 também. A gente se divertiu bastante fazendo isso”, detalha Matuê.

Conforme o artista, Flow Espacial pode ser considerada uma das composições mais rápidas do trio em estúdio. “Foi despretensiosa de tudo. (...) E se já está tendo esse resultado, imagina as paradas que fizemos pensando mais, elaborando mais”, comenta sobre os números já alcançados na faixa.

A novidade musical é a terceira do trio. Contudo, o sucesso da parceria é apenas um reflexo dos bastidores. “A gente costuma ter os mesmos ideias. Temos a mesma energia, a mesma vibe e gostamos de coisas parecidas”, pontua Teto.

A compatibilidade da amizade prevalece durante a produções. “Quando estamos juntos no estúdio conseguimos ter um alinhamento que eu, particularmente, não tinha antes em outras gravadoras. O nosso diferencial é esse, compreendemos um ao outro e temos a vontade de inovar no mercado com uma brisa que vem da nossa cabeça mesmo, com o amor pela música acima de tudo, que é o que nos motiva”, complementa o trapper.

Com o bom histórico, os artistas garantem que seus fãs poderão curtir outras composições do trio em breve. “Estamos com uma meta de entrar juntos no estúdio pelo menos uma vez por mês”, adianta Teto.

Matuê também garante que eles estão com “muitas coisas alinhadas além dos grandes lançamentos”. “É uma coisa que a gente faz com o maior carinho mesmo. Os nossos fãs são meio que um reflexo disso, porque temos uma fanbase bem nossa. As pessoas que acompanham nosso som, são nossos fãs mesmo. Não somos um dos artistas favoritos deles, somos os artistas deles, somos tipo Power Rangers”, destaca bem-humorado.

Apesar das parcerias, Wiu, Teto e Matuê mantêm carreiras solos, registram números de sucessos individualmente e têm planos distintos para os próximos meses.

Wiu, de apenas 20 anos, é um dos produtores de seis das sete faixas de Máquina do Tempo (2020), álbum de estreia de Matuê. Em novembro 2022, o cearense lançou seu primeiro disco, Manual de Como Amar Errado, e desde então se destaca entre os principais nomes do trap nacional. Atualmente, ele ocupa o Top 3 Brasil no Spotify e ultrapassa oito milhões de ouvintes mensais na plataforma.

“Eu ainda estou processando [o sucesso], mas não tenho nem como agradecer o que tem acontecido depois do meu álbum. Estou muito feliz! Muitas portas se abriram, tem muita gente me conhecendo, sacando o meu som, entrando no meu mundo e abraçando muito bem essa parada ao vivo, na pista, na vida real… estou em uma sequência de shows sinistra”, conta o artista.

Para este ano, Wiu deseja “manter a mesma energia, ser mais despretensioso e seguir na vibe” de seus lançamentos. “A minha meta é soltar o máximo de música possível, isso sem deixar de lado aqueles trabalhos que precisam de mais preparo, que merecem uma atenção especial, têm um brilho diferente. Quero tudo isso porque a galera que me acompanha merece”, adianta.

Segundo ele, o sucesso é consequência de sua liberdade: “Na 30PraUm eu nunca me senti pressionado a corresponder a uma expectativa, e sim a fazer o que eu gosto, porque é aí que está o amor pelo que eu faço. As vezes que mais brinquei e me senti menos na pressão de agradar, foram as vezes que a galera mais gostou. A galera sente isso”.

Além de Dia Azul e Mustang Preto, Teto é conhecido pelo sucesso de Fim de Semana no Rio, faixa que conquistou a sexta posição no Billboard Brazil Songs e o Top 3 do Spotify e ultrapassa 100 milhões de reproduções na plataforma.

“Ano passado, fiquei um pouco afastado do estúdio, por conta da loucura de estrada e muitos shows para fazer, acho que fiz em média uns 150 shows. Foi uma evolução pessoal”, conta o artista baiano.

Para 2023, Teto deseja fazer diferente. “Sempre que posso, busco fazer música nova. (…) Quero amadurecer minha musicalidade cada vez mais, porque ainda acho que o que já mostrei para a galera fala pouco sobre mim. (…) Espero surpreender a rapaziada neste ano”, almeja.

“Estou trabalhando e 100% focado no meu próximo disco. Estou bem concentrado e envolvido no processo, buscando algo completamente novo”, adianta Matuê.

O artista cearense, que também é diretor artístico e sócio da produtora 30PraUm, reúne referências como Bob Marley, Charlie Brown Jr., Don L, Daft Punk e Tame Impala e é considerado um dos maiores trappers do Brasil na atualidade.

A faixa Kenny G é o principal destaque de Matuê, com mais de 220 milhões de visualizações no YouTube. Além dessa, ele reúne sucessos como 777-666, Máquina do Tempo, Quer Voar e Groupies, em parceria com Doode e Teto.