Ainda é possível perfurar 16 poços em 4 anos na Margem Equatorial, diz gerente da Petrobras (PETR4)

PETR4

Apesar das dificuldades em obter licença ambiental para realizar perfurações na região costeira do Amapá, na Bacia da Foz do Amazonas, a Petrobras (PETR4) manterá seu foco na Margem Equatorial, para explorar essa área nos próximos cinco anos. De acordo com o gerente geral de tecnologia de dados e aplicações da exploração da estatal, Otaviano Pessoa, ainda é possível atingir a meta de realizar 16 perfurações exploratórias até o final de 2027, ou seja, dentro de quatro anos. Anteriormente, esse projeto estava previsto para acontecer em cinco anos.

Durante a OTC Brasil, realizada esta semana no Rio de Janeiro, Pessoa afirmou que as cinco Bacias da Margem possuem uma enorme capacidade de exploração, com destaque para a Foz do Amazonas, que é a região de maior potencial energético do Brasil.

A região da costa equatorial possui uma área maior do que a soma das bacias de Campos, Santos e Espírito Santo (região sudeste), porém, ainda não foi devidamente explorada. Há inúmeras descobertas de hidrocarbonetos ao longo da costa africana, bem como em países latino-americanos, como a Guiana Francesa, Suriname e Guiana. Como geólogo, sinto que as mesmas condições geológicas encontradas nessas regiões poderão ser encontradas na Margem Equatorial. Não há motivo para não acreditar que a Margem Equatorial será a nova fronteira na busca pela segurança energética do país. Essa será a nossa prioridade nos próximos cinco anos, conforme apresentado à audiência especializada na OTC.

Durante o intervalo de cinco anos compreendido entre 2023 e 2027, a Petrobras destinou um montante de US$ 6 bilhões à perfuração de poços, sendo que 49% desse valor, aproximadamente US$ 3 bilhões, serão direcionados à Margem Equatorial. No âmbito nacional, será realizada a perfuração de 42 novos poços, havendo planos para a construção de 16 deles na região da Margem Equatorial, conforme declaração de Pessoa.

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"Não tenho certeza se será possível, mas medidas estão sendo tomadas para alcançar essa meta. É viável perfurar 16 poços em 4 anos, com um orçamento de US $ 3 bilhões destinado à Margem Equatorial. A Petrobras tem enfrentado com êxito seus desafios em todas as campanhas, e agora está focando seus esforços em uma área de grande potencial (Margem Equatorial). Além disso, a empresa está lidando com as complexidades das licenças ambientais e exigências do Ibama de maneira satisfatória."

O Ibama negou a autorização em março porque não houve uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS). A Advocacia Geral da União (AGU) argumenta que essa avaliação não é necessária e que uma avaliação simplificada dos ministérios de Minas e Energia (MME) e Meio Ambiente seria suficiente. No entanto, o órgão ambiental ainda não concorda com a AGU. Nos bastidores, o problema atual é o impacto da atividade humana, especialmente o aumento do tráfego aéreo, na vida das comunidades indígenas locais. A Petrobras já teria abordado isso em uma fase anterior do processo.

A pessoa afirmou que a escavação do primeiro poço, Pitu, na Bacia Potiguar, está programada para 2023 e o segundo para 2024, e que isso terá um impacto na Foz do Amazonas. Enquanto na Bacia Potiguar há infraestrutura disponível, não há os mesmos recursos na Foz. Quando questionado sobre um plano B para a Margem, ele disse que em sua opinião não há, mas reconheceu que a empresa está explorando outras alternativas.

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O administrador recordou que, caso haja uma perfuração bem-sucedida em uma área inexplorada, como a Margem Equatorial, a extração do petróleo só ocorrerá em um período de sete a 14 anos. Ele afirmou que, sendo positivo, esse prazo pode ser encurtado para 10 anos.

O gestor da Petrobras assegurou que a companhia está empenhada em reduzir esse prazo nos anos seguintes através do programa "Prod 1000", uma sigla que designa a produção em mil dias após a descoberta. "Na atualidade, a empresa necessita de aproximadamente 3 mil dias (ou 8,2 anos), caso seja extremamente eficiente", destacou.

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