Ucrânia: “Não devemos ser covardes” – Macron

Emmanuel Macron

O líder francês, Emmanuel Macron, advertiu os parceiros da Ucrânia para que não sejam "pusilânimes" no auxílio ao país na enfrentamento da agressão da Rússia.

Emmanuel Macron - Figure 1
Foto defesanet

Emmanuel Macron, o líder da França, reiterou sua posição favorável em relação ao envio de tropas ocidentais para a Ucrânia. Suas palavras geraram consternação por toda a Europa, já que nenhum país estava disposto a intervir militarmente para auxiliar a Ucrânia, alegando o temor de um conflito nuclear iminente.

Em comunicado de Praga, República Checa, Emmanuel Macron alertou os países ocidentais sobre o retorno da guerra à Europa nesta terça-feira (05.03) e os incentivou a encarar a situação com coragem. O presidente francês enfatizou a relevância do momento histórico vivido pelo continente europeu e a necessidade de não permitir que o medo prevaleça.

No entanto, Macron complementa afirmando que deseja que ninguém seja testemunha das tragédias que se aproximam. Ele acredita que nossos países estão bem cientes do que está acontecendo na Europa. É fato que a guerra voltou ao nosso território e poderes que parecem imbatíveis estão aumentando sua ameaça contra nós diariamente, nos atacando com mais frequência.

O presidente francês propôs, recentemente, o envio de soldados para a Ucrânia, mas ressaltou que a ideia ainda não é unânime. Os Estados Unidos e outras nações europeias aliadas afirmaram não ter planos de enviar tropas de solo para a região ucraniana.

Alemanha Não Usará A Força Militar Em Conflitos

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que a Alemanha não segue a posição de Emmanuel Macron. Ele já havia enfatizado que a presença militar no local não é uma alternativa para a República Federal da Alemanha. De forma enfática, ele reiterou que isso não será nunca uma alternativa, deixando claro a sua postura.

Porém, na terça-feira (05/03), a União Europeia (UE) divulgou um projeto de criar a "economia da defesa", que tem um valor estimado em 1,5 bilhão de euros. A nova iniciativa convoca todos os 27 países membros da UE a comprarem em conjunto, até 2030, ao menos 40% de todo o equipamento de defesa necessário, afirmou a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager.

"Os gastos com defesa em todos os países membros estão em constante elevação, por isso é necessário modificar nossa estratégia de investimento", explicou.

Vestager defende uma abordagem unificada: "Se nosso objetivo é investir mais, precisamos investir de forma mais inteligente, o que implica, principalmente, em investimentos cooperativos e a nível europeu. Este é o recado e o conjunto de ferramentas que apresentamos hoje. Para podermos fazer a transição de uma postura de resposta a crises para um modelo de prontidão estrutural na defesa, precisamos engajar mais a Ucrânia".

A contenda entre a Rússia e a Ucrânia impulsionou diversos países europeus a ampliar seus gastos com a segurança.

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