Petz (PETZ3) e Cobasi: ainda é cedo para avaliar sinergias, diz XP

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PETZ3

XP Analisa Sinergias Entre Petz E Cobasi; Ações Sobem

Em um relatório, a XP (XPBR31) emitiu uma avaliação positiva sobre o acordo em potencial para a fusão entre a Petz (PETZ3) e a Cobasi. No entanto, acredita que é muito cedo para avaliar o real potencial de sinergias das duas empresas. As ações da Petz estão cravando altas nesta segunda-feira (22), liderando os ganhos no índice Ibovespa.

PETZ3 - Figure 1
Foto Suno Notícias

Durante o período diário, as ações da Petz estavam em alta de 4,17% na bolsa de valores brasileira, sendo negociadas por R$ 5,00.

O gráfico foi produzido em: 22 de abril de 2024.

A XP acredita que é prematuro avaliar as possíveis sinergias entre a Petz e a Cobasi, que serão esclarecidas apenas após a assinatura. De acordo com a empresa, há oportunidades de redução de custos decorrentes de economia de escala e da adição da Petix ao portfólio da Cobasi, além de melhorias na presença da empresa, especialmente na região de São Paulo.

O banco considera que, além dos efeitos sinérgicos operacionais, o acordo entre as duas empresas líderes do setor trará uma competição mais racionalizada nas lojas físicas. Todavia, os analistas Daniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, preveem que a concorrência no ambiente online continuará sendo pressionada, porém, fortalecido pelo acordo, a nova empresa estará apta a competir com as grandes plataformas de comércio eletrônico.

A XP ressalta ainda que as empresas precisam de 60 a 90 dias para realizar uma avaliação minuciosa, ponderar sobre possíveis sinergias e firmar acordos definitivos. "Se o negócio for bem-sucedido, ainda será necessário o aval do CADE, porém, há alguns riscos de remédios, principalmente no estado de São Paulo", conclui.

A XP reafirmou a sugestão de "adquirir" as ações PETZ3, sem divulgar o objetivo de preço.

Cade Avalia Restrições Na Fusão Da Petz E Cobasi

De acordo com uma fonte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informada ao Broadcast/Estadão, é improvável que uma transação desse porte, como a de Petz e Cobasi, seja aprovada sem alguma medida de limitação.

Há uma previsão no departamento antitruste de que essa transação cause diversas sobreposições que deverão ser solucionadas individualmente em cada local.

Um debatedor no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) notou que, caso as partes forneçam uma lista satisfatória de medidas para promover a concorrência ao órgão, é viável que a análise não se torne tão complicada.

Quando ocorrem fusões como esta, o aspecto crucial é determinar quais estabelecimentos deverão ser comercializados.

Adicionalmente, nos negócios do setor de varejo, é provável que a avaliação do órgão de antitruste ocorra individualmente em cada localidade, e em áreas urbanas com população superior a 200 mil pessoas, também em cada distrito.

O Cade dispõe de um prazo de até 240 dias para julgar as operações notificadas. Em casos mais complicados, a Superintendência-Geral deve reconhecer e permitir um prazo de até 330 dias.

Durante uma teleconferência a respeito da fusão com a concorrente Cobasi, o diretor executivo da empresa Petz, Sergio Zimerman, declarou que ainda não foram iniciadas as conversas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas demonstrou otimismo em relação à análise realizada pelo órgão. Ele também compreendeu que, caso necessário, podem ser estabelecidos "remédios", mas não considera que estes seriam desagradáveis.

O tom adotado pelo CEO da Cobasi, Paulo Nassar, foi semelhante. Ele afirmou ao Broadcast que, em conjunto, sua empresa e a Petz possuem cerca de 2% das lojas em seu segmento no Brasil. Na visão dos empresários envolvidos na negociação, este dado indica que as possíveis medidas impostas pelo Cade serão suaves.

Zimerman, da Petz, expressou sua confiança no Cade, já que a concentração de mercado não apresenta relevância.

Com base nos dados fornecidos pelo conteúdo do Estadão.

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