Indiciado em dois casos, Bolsonaro aguarda conclusão da PF sobre tentativa de golpe | CNN Brasil

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Até agora, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi formalmente acusado em dois dos três processos de investigação conduzidos pela Polícia Federal (PF).

Atualmente, Bolsonaro está à espera da decisão sobre o alegado plano golpista para permanecer no cargo depois de ter sido derrotado nas eleições pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse inquérito deverá ser concluído em setembro.

Ex-gestores públicos e ex-líderes das Forças Armadas teriam supostamente conspirado para elaborar um plano de golpe a fim de decretar estado de sítio no Brasil e evitar a posse de Lula, que venceu o então-presidente nas eleições de 2022.

Os antigos chefes do Exército e da Força Aérea Brasileira, general Marco Antonio Freire Gomes e tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, informaram à Polícia Federal que o ex-presidente estava pressionando por um golpe de Estado para permanecer no cargo.

Durante essas reuniões, o ex-presidente teria proposto a utilização de uma "suposta Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e diferentes instrumentos legais como estado de defesa ou estado de sítio" para se manter no cargo.

O antigo presidente refuta as acusações.

Na última quinta-feira (4), a Polícia Federal concluiu que Bolsonaro deve responder por envolvimento em atividades criminosas, ocultação de patrimônio ilícito e utilização de recursos públicos indevidamente ao vender as joias recebidas como presente da Arábia Saudita para o governo brasileiro, e depois negociá-las nos Estados Unidos.

A equipe de defesa alega não ter tido acesso ao expediente até o momento.

Além do presidente Bolsonaro, a Polícia Federal também indiciou outras 11 pessoas.

Após a conclusão, a Polícia Federal deverá encaminhar o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo na Suprema Corte. Moraes deve solicitar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie sobre o caso.

No final de maio, a CNN reportou que a PF estava dando prioridade para investigar o caso das joias, juntamente com outras investigações envolvendo Bolsonaro. A previsão era concluir o inquérito em julho.

Em março deste ano, Bolsonaro foi novamente acusado, desta vez ao lado do tenente-coronel Mauro Cid, que já foi seu ajudante de ordens, por supostamente estar envolvido em um esquema de fraude relacionado ao cartão de vacinação contra a Covid-19.

De acordo com a apuração da Polícia Federal, os documentos adulterados foram produzidos por um grupo criminoso que teria inserido as informações falsas no banco de dados do Ministério da Saúde.

Cid liderou o início do projeto que envolveu outras pessoas, incluindo a inserção de informações falsas sobre vacinação contra a Covid-19 em favor do presidente da época, Jair Messias Bolsonaro.

Uma nova ação da Polícia Federal foi executada em 4 de julho de 2024 como parte das investigações em curso. Durante a operação, os agentes federais afirmaram que Bolsonaro foi favorecido pelo esquema em questão.

Como as apurações seguem em curso, o inquérito ainda não foi remetido ao Supremo Tribunal Federal.

Segundo investigações da CNN, o esquema ocorria na Prefeitura de Duque de Caxias (RJ), sob a gestão do prefeito Washington Reis, que foi alvo de busca e apreensão, contando com o apoio da Secretaria Municipal.

Bolsonaro rejeita categoricamente as acusações de fraude.

Segundo relatos de Elijonas Maia, Débora Bergamasco, Jussara Soares e Gabriela Prado, da CNN.

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