Alexandre de Moraes dá 48 horas para Jair Bolsonaro explicar hospedagem de dois dias na embaixada da Hungria

Bolsonaro

O juiz Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Jair Bolsonaro (PL), antigo presidente, apresente justificativas em até 48 horas a respeito de sua permanência de dois dias na Embaixada da Hungria entre os dias 12 e 14 de fevereiro.

Segundo um artigo publicado na segunda-feira (25) pelo jornal The New York Times, o ex-presidente buscou refúgio na embaixada da Hungria em Brasília logo após convocar simpatizantes para uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, no final daquele mesmo mês.

na Venezuela. Quatro dias depois de ter seu passaporte confiscado pela Polícia Federal como parte das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado na Venezuela, o presidente Bolsonaro visitou a embaixada do país europeu atualmente governado pelo político de extrema-direita Viktor Orbán.

O diário americano obteve as gravações das câmeras de vigilância da embaixada que registraram a chegada do ex-chefe de estado ao local no dia 12 de fevereiro. Isso ocorreu quatro dias após a operação Tempus Veritatis, que visa investigar a suposta tentativa de golpe de estado em prol da permanência de Bolsonaro no poder para as eleições de 2022.

Após o artigo chamar atenção em todos os meios de comunicação no Brasil, os juristas de Bolsonaro publicaram uma declaração informando que ele visitou a embaixada por convite para "estabelecer conexões com dignitários do estado parceiro".

O governo brasileiro expressou seu descontentamento com a situação e convocou a presença do embaixador húngaro Miklós Halmai para fornecer esclarecimentos ao Ministério das Relações Exteriores.

Caso Bolsonaro se mantivesse dentro do âmbito da missão diplomática, em tese, não seria passível de sofrer uma ordem de prisão, uma vez que estaria em um edifício resguardado pelas convenções diplomáticas.

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