Bolsonaro: como a imprensa internacional cobriu manifestação do ex-presidente em São Paulo

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'Bolsonaro Recebeu Apoio Ou Fortaleceu A Resistência?': Análise Da Imprensa Estrangeira

Em uma matéria redigida por um repórter francês no Brasil, o jornal Le Monde indagou se seria a derradeira resistência ou um regresso político iminente.

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Foto BBC Brasil

O periódico noticiou que uma considerável quantidade de pessoas se fez presente no protesto, mas ressaltou a moderação de vários dos participantes.

Claro que havia muitas pessoas ali presentes. No entanto, a atmosfera não era tão animada como em protestos anteriores. Mesmo com o sol brilhando e aquecendo os rostos, a multidão permanecia de semblante fechado e as palavras eram cuidadosas. Entre os bolsonaristas presentes, há um medo genuíno de serem presos por incitar um golpe, o que tem levado a um tom mais moderado em relação aos juízes do Supremo Tribunal Federal, que são amplamente rejeitados por eles.

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O repórter do Le Monde também afirmou que as bandeiras israelenses na multidão eram "quase tão abundantes quanto as do Brasil".

Ao fim deste dia, Bolsonaro terá evidenciado sua habilidade de convocação e a força de sua popularidade com sua base. Nesse sentido, do ponto de vista político, ele conseguirá alguns benefícios. Contudo, na esfera jurídica, as pendências judiciais contra ele estão longe de serem encerradas. Esse foi o relato dado pelo jornal, que listou alguns dos processos nos quais Bolsonaro é réu atualmente.

Já sentenciado a oito anos de inelegibilidade por suas críticas ao sistema de votação eletrônica brasileiro, o "capitão" pode terminar sua trajetória política atrás das grades? Em círculos de extrema direita, alguns já estão preparando uma sucessão e concebendo um bolsonarismo sem Bolsonaro. O candidato mais promissor é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também é ex-ministro. Durante um evento em São Paulo, ele prestou homenagem ao seu "amigo" e ex-presidente, Jair Bolsonaro.

O Le Figaro, um outro periódico francês, também relatou a passeata ocorrida na Avenida Paulista.

Não obstante os escândalos, Jair Bolsonaro é tido como líder de oposição e segue sendo venerado por seus seguidores. Apesar de ter sido declarado inelegível até 2030 em virtude de proferir informações enganosas, o ex-presidente almeja utilizar sua influência para respaldar aliados nas eleições municipais em outubro, em um país que ainda vivencia intensa polarização.

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O jornal espanhol El País afirmou que o fenômeno bolsonarista exibiu orgulho, poder e apoio ao líder nas ruas, após um ano de moderação.

No último domingo, o antigo líder da nação brasileira, Jair Messias Bolsonaro, de 68 anos, obteve em São Paulo o tão almejado acontecimento, em resposta às acusações de ter arquitetado uma tentativa golpista, juntamente a diversos generais ministros, conforme noticiado pela imprensa.

Aproximadamente 185 mil seguidores, conforme relatado por especialistas, se juntaram a Bolsonaro, juntamente com quatro governadores associados e inúmeros legisladores. Após permanecer em silêncio por três dias, quando interrogado pela polícia sobre a acusação de um suposto golpe, Bolsonaro queria uma imagem com grande aglomeração de pessoas para ilustrar sua crença de uma perseguição judicial.

O periódico enfatizou a manifestação de Bolsonaro que afirmou que não havia "veículos blindados nas vias públicas" e, portanto, nenhuma tentativa de golpe foi efetuada. De acordo com o jornal, Bolsonaro "desprezou o fato de que no atual século, as investidas golpistas são consumadas através da deturpação das normas jurídicas".

De acordo com o jornal El País, o antigo governante está "progressivamente cercado pelo sistema jurídico".

As oito situações examinadas pelo Supremo englobam diferentes aspectos: disseminação de informações falsas, posse de joias valiosas dadas pelo Estado como presentes e mau gerenciamento do coronavírus.

A mídia do Reino Unido divulgou a ação de Bolsonaro através dos veículos Daily Mail, Independent e Guardian.

O Daily Mail elencou as alegações contra Bolsonaro, porém, argumentou que "apesar disso, Bolsonaro permanece como o principal representante da oposição e é venerado por seus apaixonados seguidores".

A manifestação que ocorrerá no domingo à tarde é considerada crucial para medir o seu respaldo antes das eleições locais de outubro, nas quais se prognostica que a sua influência será central em um país ainda dividido.

Segundo o Independent, mesmo com as investigações policiais em andamento, Bolsonaro ainda conta com um grande número de simpatizantes no Brasil.

A ocasião evidenciou que a retórica de Bolsonaro continua a ter influência sobre diversos brasileiros, alguns dos quais parecem apoiar atitudes golpistas para colocá-lo na liderança do país. Um indivíduo utilizou um chapéu militar enquanto profetizava: "Brasil, nação, salvem nossas forças. As instituições militares não descansam jamais!" - informou o jornal Independent.

A manchete do jornal The Guardian anunciou que "Pessoas em número expressivo marcharam em apoio ao ex-presidente brasileiro".

Uma manifestação tomou várias quadras da avenida Paulista.

O movimento apoiador de Bolsonaro ganhou destaque no jornal Times of Israel, que havia recentemente criticado Lula por seu discurso onde comparava a ação de Israel em Gaza com o genocídio promovido pelos nazistas durante o Holocausto.

No comício coletivo, o ex-chefe de Estado brasileiro Bolsonaro sacode a bandeira israelense em resposta a Lula. Isso é o que o título do jornal expressa.

Durante sua gestão, o ex-presidente demonstrou forte apoio a Israel. Após ser eleito presidente em 2018, Bolsonaro prometeu seguir o exemplo de sua referência política, o então líder dos Estados Unidos, Donald Trump, e realocar a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém.

Meios de comunicação da Alemanha, como o Sueddeutsche Zeitung e o Spiegel, também divulgaram o evento ocorrido na Avenida Paulista.

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