DOENÇA DE GLÓRIA MARIA: entenda qual foi o MOTIVO DA MORTE DE GLÓRIA MARIA

2 Fev 2023
Gloria Maria morreu

Morreu nesta quinta-feira (02) a jornalista e apresentadora Glória Maria, aos 72 anos de idade, no Rio de Janeiro.

Segundo um comunicado da TV Globo, empresa da qual fez parte desde os anos 70, Glória Maria morreu em decorrência de um câncer de pulmão metastático, que afetou o cérebro da jornalista.

Afastada de suas atividades desde dezembro do ano passado para cuidar da saúde, Glória Maria chegou a obter resultados positivos no tratamento contra o câncer, porém a imunoterapia deixou de fazer efeito nos últimos dias, o que agravou ainda mais a condição da jornalista.

“Ela teve uma recidiva, uma progressão da doença no cérebro. Isso infelizmente é uma coisa que pode acontecer em câncer de pulmão.”, explica o oncologista e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Luis Antonio Pires.

“A gente acaba controlando por um tempo e, depois, a gente perde o controle e a doença cresce novamente”, ele completa.

MORRE GLÓRIA MARIA: Relembre a trajetória da JORNALISTA
GLÓRIA MARIA MORREU DE CÂNCER

O câncer de pulmão que tirou a vida de Glória Maria - agravado pela metástase cerebral - é uma doença bastante frequente no Brasil. Segundo Pires, há uma projeção para cerca de 30 mil novos casos só neste ano.

O médico também aponta que a taxa de mortalidade por conta do câncer de pulmão é bastante elevada, com quase 28 mil mortes registradas em 2020. “São números bastante assustadores”, destaca Pires.

De acordo com o médico, a principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo. 

RELEMBRE REPORTAGEM ICÔNICA de GLÓRIA MARIA FUMANDO MACONHA
O QUE É METÁSTASE NO CÉREBRO

As metástases, também conhecidas como “tumores secundários”, são células cancerígenas que se implantam em outros órgãos, explica o neurocirurgião da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Feres Chaddad.

“O tumor primários de Glória Maria estava localizado no pulmão e emitiu células que caíram na corrente sanguínea ou linfática e vão atingir um outro órgão, que se [o tumor primário] for no pulmão, pode atingir o fígado, cérebro e intestino”, 

Segundo Pires, cerca de 30% dos pacientes com tumor originário no pulmão evoluem para um quadro de metástase cerebral.

Porém, apesar da frequência, Pires explica que, para se estabelecerem no cérebro, essas células precisam vencer uma barreira hematoencefálica, que atua como um filtro que não permite que qualquer substância chegue ao sistema nervoso central.

Ultrapassar essa barreira é um indicativo do agravamento do câncer e de que curá-lo será mais difícil.
“Quando ele se implanta no sistema nervoso, o prognóstico piora em mais de 50%”, diz Chaddad.

Glória Maria deixou duas filhas: Maria Matta da Silva e Laura Matta da Silva, de 14 e 15, adotadas pela jornalista durante uma viagem à Bahia, em 2009.

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