Israel e Irã: o que se sabe sobre ataque aéreo até agora | CNN Brasil

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Israel

O ataque aéreo perpetrado contra o Irã na sexta-feira (19), em resposta às várias ações retaliatórias que ocorreram entre Israel e o país nas últimas semanas, levanta a possibilidade de perigosa escalada do conflito no Oriente Médio, uma vez que expõe uma guerra de longa data que até então estava em um plano secundário e agora recebe atenção global.

De acordo com funcionários dos Estados Unidos consultados pela CNN, o ataque foi realizado pelos israelenses. Além disso, houve uma notificação dos israelenses aos EUA na quinta-feira (18) sobre um ataque que seria realizado nos próximos dias.

Contudo, de acordo com outro oficial de alto escalão dos Estados Unidos que falou à CNN, os americanos não teriam autorizado uma ação de retaliação por parte de Israel.

Na última atualização deste relatório, não houve qualquer manifestação ou assumir responsabilidade por parte das autoridades israelenses acerca do ataque.

No Irã, autoridades e veículos de comunicação que apoiam o governo têm tentado suavizar a gravidade do incidente até agora.

Segundo um representante de Teerã, metrópole iraniana, as tropas de defesa da nação capturaram três veículos aéreos não tripulados após receberem informações sobre explosões nas imediações de uma base do Exército na província central de Isfahan, a uma distância de 340 km de Teerã. Segundo o representante, nenhum tipo de ataque por mísseis foi constatado.

Um alto oficial militar iraniano informou que um estrondo alto que ecoou perto de Isfahan foi resultado de um evento que envolveu o sistema de defesa aérea, quando um objeto suspeito foi interceptado. A agência de notícias do governo, Tasnim, destacou que não houve qualquer incidente ou dano registrado.

Conforme informado pela imprensa iraniana, todas as edificações próximas a Isfahan permanecem intactas, inclusive as instalações nucleares. A agência de supervisão nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) atestou que nenhuma instalação nuclear iraniana sofreu danos.

O assalto aconteceu depois de um movimento inédito do Irã contra Israel, no final da semana passada. De acordo com as autoridades em Teerã, foi uma resposta a um ataque aéreo contra a embaixada iraniana na Síria no dia 1 de abril. Há indícios de que o ataque, que resultou na morte de oficiais iranianos, tenha sido realizado por Israel.

A retaliação marcou o primeiro incidente em que o Irã iniciou um ataque frontal contra Israel do próprio solo.

Vários países, incluindo os Estados Unidos, solicitaram prudência a Israel depois da resposta do Irã. Há uma preocupação de que uma escalada do conflito possa ocorrer, especialmente porque a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza já intensificou a tensão na área.

Algumas horas após os primeiros relatos de explosões no Irã, na madrugada desta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, alertou que a resposta de Teerã a quaisquer outros ataques militares de Israel seria rápida e com total intensidade.

O ministro afirmou que as forças armadas do Irã já premeditaram os pormenores para uma possível "resposta máxima".

A imprensa do Irã, contudo, aparenta estar tentando minimizar a gravidade do ataque. Diferentes meios de comunicação têm divulgado imagens e gravações de cenários tranquilos nas regiões de Isfahan e Tabriz, situadas no nordeste do país.

Um informante local com amplo conhecimento sobre a capacidade de resposta do Irã afirmou que não se esperava uma reação por parte de Teerã aos ataques, porém não apresentou nenhum argumento para fundamentar tal afirmação.

Este material foi originalmente elaborado em língua inglesa.

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