Verão 2022/2023 já tem 31 mortes por afogamento no RS
Os primeiros 30 dias da Operação Verão 2022/2023 tiveram o registro de 31 mortes por afogamento no Rio Grande do Sul, todas em áreas não delimitadas para banho e sem a presença de guarda-vidas. A maioria dos óbitos ocorreu em águas internas, como rios, lagos e açudes.
O balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) também aponta para aumento do número de salvamentos e ações preventivas nos locais atendidos pelos guarda-vidas. Os dados até essa terça-feira (17) revelam que houve 384 resgates e salvamentos, um aumento de 53% em comparação com a última temporada. Além disso, houve 102.505 atividades preventivas, especialmente com uso de apitos para alertar os banhistas expostos à situações de risco.
Conforme o chefe de Operações da 6ª Operação RS Verão Total, tenente-coronel Isandré Antunes, o aumento dos números é um reflexo da conduta do banhista que, segundo ele, tem adotado uma postura mais agressiva nas praias e no banho de mar, o que reflete em maiores intervenções físicas dos guarda-vidas, que precisam realizar o salvamento.
Outro número considerado preocupante é o de pessoas encontradas: 597 pessoas, em sua grande maioria crianças, representando um aumento de mais de 60%. O dado é creditado ao uso excessivo do celular na beira da praia, por parte dos pais e responsáveis, que se distraem e perdem as crianças de vista.
A maior preocupação para o CBMRS é o de óbitos fora de área balizada (com a presença de guarda-vidas na prevenção) para banho nesta temporada. Das 31 mortes, 28 foram em águas internas e três no mar. Conforme a corporação, nas áreas balizadas, não houve óbitos. Por isso, fica o sinal de alerta para a população: procure sempre um local com a presença de guarda-vidas.
Lesões por águas-vivas
As ocorrências com águas-vivas também se destacam no balanço. O crescimento de 20% nos casos de queimaduras com os animais marinhos é atribuído ao mar mais limpo e quente. Aconteceram 15.069 atendimentos na beira da praia em todo o Litoral do RS.
Guarda-Vidas Mirim
Para auxiliar nas boas condutas, o CBMRS tem realizado o Projeto Guarda-vidas Mirim nas praias do litoral e águas internas do Estado. Visando estimular a cultura de prevenção, a iniciativa abrange crianças de seis a 12 anos, ensinando boas condutas na beira da praia, como o banho seguro na presença dos guarda-vidas, através de brincadeiras e dicas que valem também para os pais e responsáveis presentes durante a execução do projeto.
Na temporada de verão, o Corpo de Bombeiros Militar já formou 392 guarda-vidas mirins, que auxiliam os profissionais na fiscalização das boas práticas de banho seguro.
Fonte: Litoral na Rede
