Soja: Argentina se recupera e está ‘de volta ao jogo’

Jogo da Argentina

A exportação de soja da Argentina está retomando força.

Durante a 7ª edição da Safras Agri Week, ocorrida na quarta-feira (27), o especialista em análise da Safras & Mercado, Bruno Todone, proferiu uma palestra acerca da oleaginosa, a qual voltou à normalidade após a temporada 2022/23 ter sofrido impactos bastante negativos, decorrentes das altas temperaturas e escassez de chuvas.

De acordo com a estimativa da empresa Safras & Mercado, a produção nacional atingirá a marca de 49,659 milhões de toneladas no período de 2023/24, em comparação com os 21,101 milhões colhidos no ciclo precedente.

No período compreendido entre os anos 22 e 23, o volume de importações da Argentina ultrapassou significativamente o usual, totalizando em torno de 10,277 milhões de toneladas.

Para este ano, espera-se que a quantidade seja de 3,8 milhões de toneladas, o que se aproxima da média habitual.

Igualmente, a exportação e o processamento retornam a patamares tidos como regulares.

Apesar do progresso significativo ocorrido no mês anterior, a venda da soja segue atrasada na Argentina.

Na última quinzena, ocorreu um aumento evidente na atividade dos produtores.

Segundo Todone, somente um percentual de 21% da colheita foi vendido até agora, enquanto que é comum para este período uma média de 30% de comercialização.

O perito adverte para o considerável perigo da venda indiscriminada de produtos. "Existe a possibilidade de uma redução adicional nos valores", conjecturou.

Até agora, somente uma pequena porcentagem de 4% da colheita prevista foi vendida com um contrato de preço definido. Cerca de 17% foi vendida com preços flutuantes, enquanto a maioria esmagadora de 79% ainda aguarda compradores. Dessa forma, é essencial que o produtor preste atenção para obter a melhor margem lucrativa possível.

O analista informou que, devido ao fenômeno El Niño, o clima desta temporada está propício e, por conseguinte, as plantações apresentam um desempenho excepcional.

Ele recorda que o estado atravessou três anos seguidos sob a influência de La Niña, o que causou grandes impactos na produção de óleos vegetais.

Durante os anos em que ocorre o fenômeno climático La Niña, há uma redução nos rendimentos. Há previsão de que La Niña ocorra novamente entre julho e setembro, o que pode ter impactos negativos na região central da Argentina.

Ler mais
Notícias mais populares dessa semana