Análise: Fluminense sofre com gramado e faz jogo sonolento, mas traz ponto na mala contra Cerro

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Fluminense

O confronto entre Cerro Porteño e Fluminense, válido pela 3ª rodada da CONMEBOL Libertadores, resultou em um empate sem gols. Confira os lances mais importantes do jogo.

Considerando a pontuação da tabela da Libertadores, o empate foi positivo. O Fluminense lidera com cinco pontos em três jogos, ainda tem dois jogos em casa no Maracanã e está bem encaminhado para avançar em primeiro lugar sem muitas dificuldades. No entanto, a frustração se dá por duas razões: era uma chance de criar uma distância maior em relação aos demais times do Grupo A e confirmar a boa fase da temporada com duas excelentes atuações seguidas.

Analisar uma partida onde aparentemente nada aconteceu é uma tarefa árdua. O Fluminense foi simplesmente um expectador na Nueva Olla, tanto que só conseguiu um chute despercebido ao gol, vindo de Cano de fora da área. Se não fosse pelas duas grandes defesas de Fábio, a situação poderia ter sido ainda mais complicada. Embora as condições climáticas e do gramado tenham sido ruins, a habilidade de se adaptar também é uma qualidade importante.

A fotografia ilustra Piris da Motta, jogador do Cerro Porteño, durante uma partida da Copa Libertadores contra o Fluminense. A imagem foi capturada por Norberto Duarte.

Ao longo da partida, o Fluminense manteve seu desempenho deficiente, revelando-se um time disperso, apático e repleto de falhas. Não se tratou tanto de uma questão tática, mas sim de escolhas técnicas equivocadas dos jogadores. Nem mesmo Fernando Diniz - por mais talentoso que seja - é capaz de operar milagres quando todos os atletas estão abaixo de seu potencial. Jhon Arias, notório por sua consistência, foi talvez o pior em campo - algo incomum, mas graças a Deus, excepcional.

Ganso e Marcelo, que são fundamentais para a equipe em termos técnicos, falharam em todas as ações que tentaram. Cano mal mexeu com a bola, pois esteve isolado. Marquinhos, o destaque dos jogos recentes, contribuiu pouco. Douglas Costa e Renato Augusto não conseguiram acertar nenhuma jogada quando entraram em campo para substituir os titulares. Além disso, o Fluminense ainda foi prejudicado pela lesão de André durante o primeiro tempo.

Considerado como possível sede da final da Copa Sul-Americana, o estádio Nueva Olla exibiu condições ruins para a recepção do detentor atual do título da Libertadores. Devido às intensas chuvas que marcou Assunção, o campo estava encharcado e repleto de pedaços soltos de grama. A bola não mantinha uma qualidade homogênea: ou se movimentava rápido demais em áreas pantanosas ou de forma lenta demais ao cruzar o terreno seco. Essas circunstâncias dificultaram muito o desempenho do Fluminense durante a partida.

Assista à conferência de imprensa de Fernando Diniz e Renato Augusto após o jogo entre Cerro Porteño e Fluminense.

O Fluminense fez um esforço para se ajustar. Marcelo e Felipe Melo investiram em lançamentos distantes com frequência, porém, a falta de criatividade da equipe e a distância entre as linhas deixaram os alas e meias sem opções. Era comum receber a bola marcado por dois ou três adversários. O estilo característico de aproximação do Fluminense não se fez presente. Conseguir romper a linha defensiva dos paraguaios foi uma exceção.

A partida exigia um reforço ofensivo, mas quem seria escolhido? John Kennedy e Kauã Elias estão impossibilitados, enquanto Lelê encontra-se lesionado. Sem alternativas, Diniz optou por uma mudança pouco significativa: um zagueiro pelo outro, um volante pelo outro, um meia pelo outro, um atacante pelo outro. Não teve coragem para arriscar. Prefiriu prosseguir com o jogo e confiar na habilidade individual de seus jogadores, já que o trabalho coletivo não estava funcionando.

Na defesa, o Fluminense não passou por muitos apuros, já que o Cerro Porteño não se mostrou tão habilidoso. Na verdade, os dois lances de risco ocorreram em momentos isolados: um tiro de longe e uma cabeçada de Piris da Motta. Em ambos, Fábio salvou com defesas magníficas. Não houve uma pressão avassaladora, daquelas que sufocam o time.

O Fluminense agora parte para um desafio fora de casa contra o Colo-Colo, antes de ter dois jogos em seu próprio gramado. Alcançar a classificação ainda parece factível, embora a equipe tenha deixado escapar a oportunidade de fazer uma campanha brilhante e conquistar a vantagem de decidir o mata-mata em seus domínios.

Assista: todas as informações sobre o Fluminense em diversas plataformas como Ge, Globo e Sportv.

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