Produção orgânica de alface é cultivada por reeducandos, em Porto Velho

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Porto

Em decorrência da colheita efetuada na segunda-feira (15), a horta entrará em um novo ciclo dentro de um prazo de 30 dias.

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Foto Governo do Estado de Rondônia

Com o propósito de incentivar a reintegração social mediante atividades laborais, o governo de Rondônia desenvolveu a produção hidropônica de alfaces, sem a utilização de substâncias prejudiciais à saúde. Para tanto, contou com a participação da mão de obra reeducanda do Centro de Ressocialização Vale do Guaporé, localizado em Porto Velho. Na última segunda-feira (15), foram colhidos 380 pés de alfaces orgânicos.

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) começou a produzir uma horta hidropônica com a ajuda da Associação de Ação Popular Integrada Hortifrutigranjeiro da União (AAPIHGU), que doou as sementes. Um reeducando que tinha conhecimentos em Técnicas de Cultivo Hidropônico foi o responsável por orientar dois internos da unidade na produção da horta.

Rodrigo Lins, o líder dos projetos, anunciou que essa iniciativa tem apresentado resultados positivos. "Além da excelência na produção, os reclusos aprendem uma profissão e temos um destino certo para as colheitas. Nós vendemos tudo ao preço de custo, mas apenas para a manutenção do projeto. Assim, ele poderá se tornar completamente autônomo e, graças ao sucesso alcançado, ser ampliado", afirmou.

A ilustração mostra os pés de alface em processo de desenvolvimento na segunda etapa de cultivo.

A hidroponia é uma técnica de plantio que dispensa o solo e se vale da água para prover todos os nutrientes indispensáveis ao crescimento das plantas. Essa modalidade de cultivo oferece diversas vantagens, tais como a diminuição do uso de pesticidas, maior assepsia e monitoramento da fabricação, menor quantidade de trabalhadores, produtividade elevada e colheita ágil.

O cultivo da plantação se divide em três etapas distintas: na primeira, as sementes são germinadas em placas compostas por fenólica de espuma, uma substância que se caracteriza por ser estéril, livre de fungos e bactérias, além de permitir uma boa capacidade de retenção de água e oxigênio. Na segunda fase, as sementes são transferidas para um berçário dedicado à nutrição das mesmas. Por fim, na terceira e última etapa, as plantas continuam a ser nutridas até atingirem o tamanho ideal para a colheita. No ciclos iniciais desse tipo de cultivo, o período total dura 45 dias, sendo que as fases subsequentes duram somente 30 dias cada.

O governo estadual acredita que o método de plantio traz diversas vantagens em diferentes âmbitos. Por um lado, a população recebe alimentos livres de produtos químicos nocivos à saúde. Por outro, os comerciantes adquirem produtos de qualidade, com tempo adequado de colheita e preços justos. Por fim, os detentos têm a oportunidade de aprender uma nova profissão que possa ser exercida futuramente após cumprirem suas penas.

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