União Brasil articula expulsão de deputado Chiquinho Brazão após prisão pelo assassinato de Marielle

Chiquinho Brazão

O partido União Brasil já está em processo de expulsão do deputado Chiquinho Brazão, após sua prisão pela Polícia Federal no último domingo, dia 24. Brazão está sendo acusado de ser um dos responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.

CartaCapital obteve a confirmação da abertura do processo de expulsão de Brazão do União com o seu presidente, Antonio Rueda.

Em resposta à entrevista, Rueda disse que irá recorrer à Comissão Executiva Nacional do UB para "iniciar uma investigação disciplinar contra o congressista Chiquinho Brazão com o objetivo de expulsá-lo do partido, cancelando, assim, sua filiação partidária."

Desde 2022, Chiquinho Brazão faz parte do União Brasil, tendo conquistado pela segunda vez o cargo de deputado federal. Anteriormente, ele havia sido filiado ao Avante e ao MDB.

Rueda afirmou que, diante da notícia da prisão de Brazão pelo assassinato da vereadora, o deputado já havia sido "desligado" do partido por um período considerável.

No comunicado, o líder do União Brasil afirma que, mesmo sendo membro do partido, o Deputado Federal Chiquinho Brazão não tinha mais vínculo com a legenda e tinha solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral permissão para deixá-la.

A CartaCapital procurou o TSE para verificar a solicitação de Brazão mencionada por Rueda, porém, não recebeu ainda uma resposta.

"Conheça Chiquinho Brazão: Seu Papel Na Política"

Chiquinho possui vasta trajetória na área política do Rio de Janeiro. Sendo irmão do atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão, o indivíduo desempenhou a função de vereador por um período de 12 anos. Em seguida, no ano de 2018, foi eleito para um assento na Câmara dos Deputados e reeleito na eleição subsequente, em 2022.

No último domingo, Chiquinho e seu irmão, Domingos, foram detidos pela Polícia Federal depois que Ronnie Lessa, ex-policial responsável pelos tiros que tiraram a vida de Marielle, apontou a dupla como ordenadores do crime. Além disso, o delegado Rivaldo Barbosa, que liderava a Polícia Civil na época do assassinato, também foi preso como medida preventiva. Há uma suspeita de que tenha sido cúmplice dos Brazão na tentativa de obstruir as investigações sobre o homicídio.

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